Demasiadas responsabilidades? Pouca orientação das empresas para a eficiência e resultados? Uma questão cultural? O atraso crónico dos portugueses é uma característica pela qual somos conhecidos apesar da maioria considerar a pontualidade fundamental para a organização das estruturas. Porque continuamos a falhar compromissos? Descobre o impacto dos atrasos na nossa sociedade e como resolvêlos, neste artigo.
Porque chegamos atrasados?
No único estudo realizado sobre a pontualidade em Portugal (AD CAPITA Executive Search (2006)) somos denunciados: 95% dos portugueses chega atrasado aos seus compromissos com frequência. Somos uma cultura policrónica, temos uma noção de tempo flexível. Facilmente marcamos um compromisso “por volta das duas horas”, em vez de “às duas horas”. Mas qual é o impacto da pontualidade na nossa sociedade?
O problema começa de cima para baixo.
No que toca à gestão das empresas portuguesas, o professor Arménio Rego aponta a pontualidade como um inimigo da eficiência. Atrasos frequentes geram mais do que um desrespeito pelo tempo: interrompem o fluxo de trabalho. Muitas vezes, o problema parte das chefias responsáveis. Um exemplo: um líder atrasou-se quinze minutos para uma reunião com vinte pessoas. Entre todos, perderam-se cinco horas. Ao contabilizar este desperdício pelos atrasos diários que ocorrem no nosso país, percebemos a dimensão.
A falta de pontualidade propaga-se no local de trabalho:
– 67% das reuniões começam depois da hora estabelecida;
– 50% não tem ordem de trabalhos distribuída a tempo;
– 60% agendam mais tarefas do que as possíveis de realizar;
– 50% não cumpre os objetivos.
Em relação às chefias, Arménio Rego diz haver ainda uma “distância de poder” histórica que implica esperar por alguém de status superior. Apesar de progressos notórios em Portugal, este comportamento ainda se verifica nas camadas hierárquicas das empresas.
Como melhorar a nossa pontualidade?
O que se diz a legislação sobre a pontualidade no local de trabalho?
O Artigo 202º do Código do trabalho prevê que “o empregador deve manter o registo dos tempos de trabalho, incluindo os trabalhadores que estão isentos de horário de trabalho, em local acessível e por forma que permita a sua consulta imediata”. Este registo é obrigatório e está sujeito a coima pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT). Mais do que uma obrigação, a pontualidade contribui diretamente para a eficiência de resultados. Monitorizá-la aproxima os líderes à realidade dos locais de trabalho.
Com o registo das horas é possível:
1. Rever e adequar a carga de trabalho do colaborador para garantir o seu bem-estar e eficiência.
2. Verificar se o colaborador faz as pausas necessárias que garantam os níveis de produtividade.
3. Compensar as horas extra, caso existam.
4. Reduzir as perturbações do fluxo de trabalho.
Para registar as horas, as empresas precisam de infra-estruturas e software específicos. Os relógios de ponto digitais oferecem dados concretos sobre as horas de cada um. Também se adaptam ao modelo híbrido e remoto para garantir uma avaliação fiável.
Aproxima-te dos teus colaboradores e assegura o cumprimento da lei em trabalho presencial ou remoto. Aumenta a produtividade da tua empresa. Escolhe a monitorização com relógio de ponto.
Fonte: https://www.noticiasmagazine.pt/2014/o-mundo-e-dos-pontuais/estilos/comportamento/1718/